ESPÍRITO DESPORTIVO


Espírito Desportivo, constitui uma noção difícil de definir. No entanto, não é difícil reconhecer algumas dimensões da questão: lealdade, honestidade, aceitação das regras, respeito pelos outros e por si próprio, igualdade de oportunidades...
Para alguns o Espírito Desportivo pode significar respeitar o adversário perante a vitória, para outros, consiste em não utilizar meios desleais para conseguir a vitória.  Para muitos, um jogador ou um treinador que não aceite as faltas que lhe são atribuídas a si ou à sua equipa, revela falta de Espírito Desportivo.
Espírito Desportivo manifesta-se através de:
1. Respeito pelas regras
2. Respeito pelos árbitros e aceitação das suas decisões
3. Respeito pelo adversário
4. Desejo de igualdade
5. Ser digno



RESPEITO PELAS REGRAS


Espírito Desportivo, começa desde logo pelo respeito integral e constante das regras que regulam as diferentes modalidades desportivas.

Todos vocês irão admitir que, por exemplo, empurrões ou outros comportamentos do mesmo género, no hóquei em patins, no futebol, na corrida ou no basquetebol, são intoleráveis. Semelhantes atitudes prejudicam estas atividades desportivas e não beneficiam em nada o que nelas deve prevalecer: o saber patinar, o saber correr ou o saber jogar. Os regulamentos proíbem os golpes com o stick, os empurrões, a violência... parece portanto essencial, retomar a prática do desporto de acordo com a letra e o espírito do regulamento. Só assim o desporto ganhará em beleza estética e em verdade desportiva.



RESPEITO PELO ÁRBITRO E ACEITAÇÃO DAS SUAS DECISÕES

Espírito Desportivo, implica igualmente a aceitação das decisões do árbitro. Atenção!!! O árbitro pode errar!!! O seu julgamento não é infalível, mas o regulamento concede-lhe autoridade de dirigir a competição. Os treinadores, participantes e espetadores devem aceitar a autoridade do árbitro e manterem-se calmos perante as suas decisões.

O árbitro faz parte do jogo; a sua presença é essencial para m bom desenvolvimento da atividade. Como seria possível organizar um jogo de andebol sem árbitros? Como organizar uma competição de ginástica sem juízes?

Os juízes e o árbitro não merecem o tratamento que habitualmente sofrem no exercício das suas funções, até porque raramente deixam de respeitar os restantes intérpretes do jogo.

Os juízes e o árbitro têm também a sua parte de responsabilidade na manutenção e promoção do Espírito Desportivo. Têm de conhecer profundamente todas as regras da respetiva modalidade e aplica-las com imparcialidade e isenção. Devem ser coerentes, objetivos e educados quando assinalam uma falta. Mas perante a rapidez e a crescente complexidade dos gestos desportivos, juízes e árbitros, têm cada vez menos tempo para avaliar as situações de jogo ou o comportamento dos atletas, proceder a um julgamento e tomar uma decisão. Todos aqueles que praticam desporto, deveriam passar pela experiência da arbitragem. Todos aqueles que praticam desporto, deveriam passar pela experiência da arbitragem. Após um certo período de ensaio poderiam avaliar melhor os esforços daqueles que habitualmente arbitram competições desportivas.

É importante respeitar os árbitros e aceitar as suas decisões!



RESPEITO PELO ADVERSÁRIO


Qualquer modalidade desportiva praticada num contexto de competição, implica a presença, de pelo menos indireta, de um adversário. Torna-se necessário respeitar estas pessoas ou equipas, já que a sua presença é-nos indispensável. Só ela nos permite avaliar as nossas capacidades e conhecer o nosso real valor. Os atletas que se nos opõem representam parceiros indispensáveis à realização da atividade desportiva.

Sem adversário não há competição possível! É preciso respeitar o adversário!

Respeitar o adversário é dar-lhes condições para revelar as suas qualidades no quadro das regras do jogo, isto é, sem recurso a comportamentos ilegais. E testemunhar-lhe o mesmo respeito que desejamos que n os seja concedido. Torna-se necessário, manter com os adversários o gosto de uma nova competição, de modo a que numa próxima vez se avalie quem progrediu mais, qual é o melhor. Este espírito não deve assentar na procura ou no desejo de ganhar a qualquer preço, de vencer por meios ilícitos ou por expedientes pouco claros. 

Espírito Desportivo, é competir lealmente com um adversário; é tentar ser o melhor, respeitando as regras do jogo.



O DESEJO DE IGUALDADE

O desejo de igualdade manifesta-se de duas maneiras e para que qualquer competição desportiva tenha sentido é necessário que os adversários em confronto tenham condições idênticas.

Por exemplo: no boxe, judo, halterofilismo, as competições são organizadas de acordo com o peso dos atletas; outros desportos agrupam as competições por escalões, etc.

Estas regras são estabelecidas com um objetivo preciso; dar em cada competição, igualdade de oportunidades aos respetivos competidores.

O desejo de igualdade chega ao ponto de o verdadeiro desportista, não pretender retirar qualquer vantagem que seja conquistada à custa de uma redução de meios do seu respetivo adversário.

O Espírito Desportivo é importante!



SER DIGNO

Enquanto que os primeiros quatro elementos do Espírito Desportivo se referem a atitudes ou comportamentos face aos outros, a questão de manter a dignidade, respeita à própria conduta dos participantes numa competição desportiva. Isto exige auto-crítica constante e solicita ao atleta que controle as suas próprias emoções.

Por exemplo: um jogador de futebol que remata a bola depois do árbitro ter apitado, revela uma grande falta de controle por parte desse praticante desportivo.

Ser digno, apesar de se sair derrotado de uma competição desportiva, é também um bom sintoma de Espírito Desportivo!

Quer os atletas, quer os treinadores, têm tudo a ganhar, ao seu comportarem com dignidade em todas as circunstâncias. Só assim podem merecer o respeito de todos.

É importante manter a dignidade em todas as circunstâncias!


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